quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

É engraçado observar como as expectativas, os desejos, os sonhos e objetivos mudam ao longo da vida. Talvez essa seja uma das partes mais interessantes quando pensamos na nossa própria história ou mesmo na história de todos os povos.
Não é interessante lembrarmos de nossa infância e imaginarmos o quanto estaríamos realizando um lindo sonho ao ficarmos simplesmente livres dentro de uma grande loja de doces ou de brinquedos, podendo pegar tudo o que estiver ao alcance das mãos?? Claro que uma viagem maravilhosa à Disney não deixava de ser absolutamente atraente, mas nada que uma tarde em meio a guloseimas, brinquedos e bagunça não pudesse contornar.
Aí a gente vai crescendo e os sonhos começam a se complicar um pouco mais. Coisas que antes seriam divertidíssimas podem provocar um profundo tédio, deixando os pais e responsáveis tão desconsolados quanto perdidos em meio a tamanha mudança. De repente, uma festa antes animada pode ser considerada apenas e “infantil” quase que da noite para o dia. Agora, os sonhos são recheados com o que é “cool” para toda uma juventude, portanto, é bom se preparar para saídas independentes com os amigos, noites com muita agitação, roupas e hábitos “modernos”.
Ok. Depois a gente pensa que amadurece e acabam-se os problemas com ilusões e sonhos inalcançáveis. Mero engano. Há quem consiga carregar os sonhos mais originais desde a mais tenra idade e acrescentar os requintes que os anos trazem à consciência. E por aí temos muitos sonhadores interessantes nas mais variadas áreas: aquele que sempre quis ser médico, a febre atual entre meninas de todas as idades que querem ser atriz e modelo, e há até o menino de rua que sempre quis ser palhaço, ora veja! E por que não, aqueles que sempre sonharam em ser escritores? Talvez eu ainda me enquadre nessa vertente, afinal, também têm os sonhos que só descobrimos mais tarde, embora suas sementes sempre residiram em nós.
E é entre tantos sonhos que só nos resta descobrir o que os diferenciam tanto quanto ao destino que têm, pois há sonhos que nascem, sonhos que são esquecidos, sonhos que são abandonados, sonhos que são modificados, sonhos que são trocados, sonhos que são realizados, ou simplesmente, sonhos que morrem. E, talvez, se conseguíssemos imaginar o que determina o destino de nossos sonhos, mudaríamos também a nossa história. Afinal, como alguém já disse certa vez: “os sonhos parecem mover o mundo”!!!